A Hidroterapia Como Suporte no Tratamento da Paraplegia

Segundo o IBGE, 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência.

O estudo realizado em parceria com o Ministério da Saúde aponta que 1,3% da população tem algum tipo de deficiência física e quase a metade desse total, cerca de 46,8%, tem grau intenso ou muito intenso de limitações.

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Nesse grupo entram os paraplégicos e a pesquisa ainda aponta que somente 18,4% desse grupo frequenta serviço de reabilitação.

O fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, diretor clínico da Fisior Hidroterapia, em Belo Horizonte (MG), explica que o paraplégico não possui controle e sensibilidade dos membros inferiores.

A paraplegia é resultante de uma lesão medular, podendo ser classificada em completa ou incompleta, dependendo do nível de sensibilidade do indivíduo, e também pode ser irreversível, reversível, espástica ou flácida.

Segundo o especialista, uma boa indicação para o tratamento da doença e melhoria da qualidade de vida do paciente é a hidroterapia, também conhecida como fisioterapia aquática.

É uma atividade que consiste na realização de exercícios dentro de uma piscina terapêutica, com água aquecida e sob supervisão de um profissional especializado.

A atividade é indicada para tratamento de pacientes com problemas reumatológicos, ortopédicos, neurológicos, respiratórios, entre outros.

“No caso dos paraplégicos, a hidroterapia ajuda no alivio da dor, fortalecimento dos músculos, melhora do equilíbrio, redução de edema, reeducação do padrão motor, condicionamento cardiorrespiratório e, principalmente, a capacitar o paciente para as atividades funcionais do dia a dia”, destaca o especialista.

O sucesso do tratamento está relacionado às propriedades físicas da água associadas à experiência do fisioterapeuta.

De acordo com Rogério Ferreira, a água aquecida possui um grande valor terapêutico para reduzir a tensão e a rigidez dos músculos.

A água serve como meio de aprendizagem motora. A sensação é de que o peso do paciente dentro d’água fica reduzido quando submerso, com isso torna-se mais fácil realizar os exercícios dentro da piscina do que em solo. Assim, o paraplégico desenvolve e aperfeiçoa o reequilíbrio muscular e o alinhamento corporal”, explica o fisioterapeuta.

A prática da hidroterapia induz vários progressos físicos e terapêuticos e ainda provoca bem estar no paciente.

“Por ser uma atividade natural, a recuperação na piscina torna-se saudável e prazerosa.

Ao final da sessão é feito um relaxamento aquático passivo para que o paciente retorne às suas atividades. A hidroterapia vai além do aperfeiçoamento físico; ajuda também na elevação da autoestima e da autoconfiança do paciente”, completa Rogério Ferreira.

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