Mais que uma simples aposta…

Cerca de 1% da população é jogador compulsivo, uma doença recém-reclassificada pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) na mesma categoria que os “transtornos relacionados a substâncias e transtornos aditivos”.

O que significa que os sintomas são os mesmos de quem sofre com da dependência química e de álcool.

Isso pode ser visto na novela “A Força do Querer”, da TV Globo, na qual a personagem Silvana, interpretada pela atriz Lilia Cabral é uma jogadora patológica.

Como a personagem, nos casos da vida real as pessoas não conseguem controlar o comportamento diante do jogo, o que causa grandes transtornos em todos os campos de sua vida.

De acordo a psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, tudo começa com pequenas apostas e vai ganhando grandes proporções.

“Não impondo limites, o jogador pode comprometer a vida social, a renda, o trabalho, os compromissos financeiros e, até mesmo, levando seus familiares à ruína.

O jogo torna uma grande fonte de prazer que deve ser realizado com frequência. O jogador acredita que a sorte pode chegar a qualquer momento, o que o faz gastar tudo no jogo”, explica Soraya.

O vício do jogo, de acordo com a psicanalista, é um transtorno obsessivo compulsivo. Isso significa que pode ser tratado com acompanhamento de psicoterapias, psicodinâmicas, terapia familiar, cognitiva e comportamental, além do uso de antidepressivos.

Hoje, no Brasil, já existem algumas clínicas de assistência a essas vítimas, chamados Grupos de Jogadores Anônimos.

Para a médica, a ajuda da família é fundamental! “Recriminar quem sofre deste transtorno não contribui muito para o tratamento.

O amor e o apoio são fundamentais nesse momento. O primeiro passo para o controle da doença é a consciência de quem a tem, pois muitos viciados em jogos acreditam que podem parar quando bem quiserem. O que não é uma verdade”, completa Soraya Hisssa de Carvalho.

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