O Tempo na Sua Vida

Fernando A. Ribeiro Serra, doutor em Engenharia e Jurandir Sell Macedo, doutor em Finanças Contemporâneas, são os autores de O Tempo na Sua Vida, no qual explicam ao leitor como se deve proceder para otimizar o seu tempo e ter o privilégio de possuir horas de lazer e qualidade de vida.

Na obra, os autores desenvolvem uma discussão sobre os valores que cada pessoa deve priorizar.

O foco se dá no dilema sobre tempo como dinheiro e tempo doado, o que usamos para trabalhar e ganhar dinheiro e aquele utilizado para gastar o dinheiro ganho, ou ainda o tempo que reservamos para fazer aquilo que nos dá prazer, de executar ou se envolver com as coisas que amamos.

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Estimado leitor, como você responderia às seguintes perguntas:

  1. Você está sempre com pressa, com muita coisa para fazer?
  2. Tem pouco tempo para a família, para o lazer e para os cuidados pessoais?
  3. Sempre inicia uma conversa com: “E aí, muita correria?”
  4. Você não tem certeza de quanto vale o seu tempo?
  5. Para você, tempo é dinheiro?

Pois bem, caso você tenha respondido com um “sim” a pelo menos algumas dessas questões, então isso já é suficiente para ler com atenção O Tempo na Sua Vida.

Naturalmente falar sobre o tempo não é nada fácil! Cada pessoa sabe onde este fator afeta particularmente a sua vida cotidiana. O tempo domina, estrutura e regula a vida diária do indivíduo, a qual é limitada pelas únicas verdades inexoráveis: nascer e morrer.

É o tempo que influencia e governa a relação que um ser humano tem com o trabalho e com o ócio. Ele controla as suas expectativas futuras, em relação ao tempo passado, além de regular também as atividades econômicas de um indivíduo.

Bem, se o tempo é tão importante, então, no mínimo, cada um deveria ser um especialista em usá-lo ou aproveitá-lo eficazmente!

Uma pesquisa recente feita nos Estados Unidos da América indicou que os seus cidadãos trabalham em média 7,59h, dormem 8,63h, dedicam para lazer e esportes 5,09h (das quais 2,58h são gastas em frente da televisão) e as 2,69h restantes são consumidas no transporte, alimentação e outras atividades.

  • A distribuição do seu tempo é semelhante?
  • Você faz economia em algum desses quatro segmentos e tem tempo para outras coisas?

Por exemplo, a tecnologia da informação e comunicação (TIC) influencia cada vez mais a distribuição do tempo. A TIC é responsável pelo crescimento do tempo gasto com internet, não só entre os jovens (tomando o tempo antes gasto com televisão), e também do utilizado com celular, o qual já ultrapassa meia hora por dia para muitas pessoas no Brasil…

Dizem os autores do livro: “O tempo é insubstituível e, ao contrário do dinheiro, um momento perdido jamais será recuperado. Apesar disso, protegemos o dinheiro muito mais atentamente que o tempo.”

Foi o estadista norte-americano, Benjamin Franklin, que em 1748 escreveu numa carta que ‘tempo é dinheiro’. Considerando que ‘tempo é dinheiro’, passamos a pensar como fazia o reconhecido guru da administração Peter Drucker, para o qual, tempo é um recurso e tem valor econômico.

O tempo como dinheiro é uma característica da sociedade industrial. No caso da indústria, o tempo é quase uma commodity, sendo usado em medidas de quantidade de trabalho e de troca por salário, servindo como base para determinação de preço ou de custo.

Peter Drucker afirmou:

“É impossível restituir o tempo. O tempo de ontem se foi para sempre. Aquilo que não foi realizado num determinado prazo ou data, não pode ser reposto. O tempo é totalmente perecível e não pode ser armazenado. Entretanto, aquele que verificar o uso do seu tempo, perceberá que nem sempre tempo é dinheiro.

Por isso é importante diferenciar o ‘tempo como dinheiro’, do tempo doado.
O tempo doado é muito mais importante que o encarado como o dinheiro, pois é aquele que você dedica aos seus relacionamentos e a si próprio. Naturalmente, o tempo doado tem relação com o tempo como dinheiro, pois é ele que viabiliza o próprio tempo doado.”

Há muitas pessoas que acreditam piamente que tempo é dinheiro, concluindo assim que é possível “guardar a vida para aproveitar mais tarde”! Dessa maneira, essas pessoas decidem deixar de aproveitar a vida para acumular bens e usufruir deles depois, tornando-se, assim, viciados em trabalhos (workaholics). Constroem um elevado padrão de vida e de consumo, do qual após um tempo não conseguem mais se desfazer…

E o pior é que quando chegam na idade em que planejavam parar, descobrem que precisam de muito mais dinheiro para manter o padrão de vida que alcançaram. Mas o que não pode acontecer é: não ter tempo, se tornar um paradigma para o sucesso!

Tudo requer tempo. Todo o trabalho acontece em um tempo e utiliza tempo. E o segredo em “administrar o seu tempo”, seja como dinheiro ou doado, está em decidir bem o que fazer com ele.

Administrar o tempo significa distribuir bem as suas atividades, decidir o que fazer, em que ordem e, principalmente, o que delegar e o que não fazer. Também diz respeito a não se esquecer da vida pessoal e colocar as necessidades e desejos próprios na agenda. Afinal de contas, a satisfação pessoal melhora o desempenho profissional e o relacionamento com as pessoas.

E aí vem uma pergunta vital: quanto vale um minuto seu?
Se a sua resposta for: “Vale o que eu estiver fazendo com ele”, quer dizer que ler O Tempo na Sua Vida foi uma boa decisão e que você está apto a fazer o melhor com o seu tempo de hoje para frente!

O Tempo na Sua Vida
Autores: Fernando A. Ribeiro Serra e Jurandir Sell Macedo
Editora: Saraiva – São Paulo – 2009
Páginas: 118

Fonte: Revista Qualimetria Faap

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