enxaqueca

Dieta e Enxaqueca

A enxaqueca pode ser classificada como uma cefaleia primária, ou seja, sem causa conhecida.

enxaqueca

Se manifesta através de dores de cabeça, com intensidade, frequência e duração variáveis, usualmente unilaterais, pulsáteis e frequentemente acompanhadas de náuseas, vômitos, fonofobia e fotofobia.

A causa da enxaqueca ainda não é conhecida, mas sabe-se que existe predisposição genética associada a fatores do ambiente tais como o estresse, jejum prolongado, alteração do sono, alterações de temperatura, odores fortes, esforço físico exagerado, abusos de determinados medicamentos, principalmente dos analgésicos, alterações hormonais e também consumo de determinados alimentos e bebidas.

Os alimentos não apenas estão relacionados com a causa, mas podem também auxiliar na prevenção e no controle das crises. Abaixo seguem alguns deles:

Selênio – É um mineral que está presente nas amêndoas, castanha do Brasil, noz, amendoim, farelo de trigo, óleo de fígado e no salmão. Ele ajuda a eliminar os radicais livres, substâncias tóxicas que se depositam no organismo e causam, dentre outras doenças, alguns dos sintomas da enxaqueca. A ingestão diária do equivalente a uma castanha é suficiente para repor este nutriente no organismo.

Magnésio – A concentração de magnésio no organismo afeta os receptores envolvidos nos sintomas da enxaqueca, tais como os receptores de serotonina, a qual é responsável por regular a forma como percebemos a dor. Além disso, o magnésio exerce efeito relaxante. Ele está presente no feijão, espinafre, caju, pistache e semente de abóbora.

Ômega3 – Um dos mecanismos que desencadeiam a dor de cabeça é a dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais provocada por substâncias inflamatórias. O ômega3 apresenta atividade anti-inflamatória, ajudando no combate à enxaqueca. As principais fontes de ômega3 são os peixes (salmão, sardinha, atum, arenque) e sementes de linhaça.

Vitamina B12 – Esta vitamina é essencial tanto para o sangue quanto para o bom funcionamento do cérebro, principalmente para controle da sensibilidade corporal. A vitamina B12 ajuda na condução dos impulsos nervosos pelo organismo e, quando está em falta, a transmissão nervosa fica alterada, favorecendo o surgimento de sintomas dolorosos.

Alimentos antioxidantes – Durante o funcionamento normal do nosso corpo são produzidas várias substâncias antioxidantes que facilitam o surgimento de várias doenças, inclusive da enxaqueca. Os alimentos antioxidantes ajudam a remover estas substâncias tóxicas e, assim, ajudam a amenizar os sintomas da enxaqueca. Os antioxidantes estão presentes em frutas vermelhas, verduras e legumes;

Carboidratos – Os carboidratos constituem a principal fonte de energia para o nosso corpo mas também estão relacionados com o surgimento de várias doenças, tanto quando estão em excesso como quando estão em falta. O aconselhável é que a dieta seja equilibrada em carboidratos, principalmente pães e massas integrais porque também funcionam como fonte de fibras.

Cafeína e derivados – Sabe-se que a cafeína pode desencadear crises de enxaqueca em muitos pacientes. Isto porque ela é uma substância que ajuda a dilatar os vasos sanguíneos. Ela está presente no café, chocolate e derivados do guaraná (refrigerantes de cola, chás e bebidas estimulantes). Deve-se evitar o consumo para ajudar no controle da enxaqueca.

Outro fator importante quando se fala em dores crônicas, é o intervalo entre as refeições. Comer a cada três horas evita que ocorra falta de açúcar e demais nutrientes no organismo, ajudando no combate á enxaqueca, portanto deve-se evitar o jejum prolongado.

A orientação principal é sempre manter uma dieta equilibrada e rica em frutas, verduras e legumes, comer regularmente, dar preferencia a alimentos naturais e evitar alimentos industrializados.

 

Sobre Dr. Francinaldo Gomes
Formado pela Universidade Federal do Pará e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), o Dr. Francinaldo Lobato Gomes é mestre em neurociências e neurocirurgião especialista em neurocirurgia de epilepsia e distúrbios de movimento pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), com atuação nas áreas de cirurgia para epilepsia, dor e doença de Parkinson. Faz parte do CENEPE (Centro de Neurocirurgia Pediátrica) em São Paulo e do Neurogenesis – Instituto de Neurociências, em Belém (Pará).

 

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