Dois terços das amputações por doenças são causadas pela neuropatia

A neuropatia é conhecida como um sintoma apenas do diabetes, a perda de sensibilidade e controle dos membros pode causar sérios prejuízos à saúde

Dois terços das amputações não traumáticas são causadas pela neuropatia – um dos sintomas mais graves do diabetes.

Ela afeta os nervos periféricos que auxiliam a comunicação entre cérebro, medula espinhal e os demais membros do corpo, prejudicando o controle dos músculos e a sensibilidade das pernas e dos braços.

“A pessoa passa a não perceber toque, pressão e incômodo com a intensidade habitual e, quando há agressão física – uma pedra ou uma falha de costura no sapato, por exemplo – a lesão neuropática se abre”, explica o cirurgião geral e vascular do Cenfe, Igor Nunes.

Mesmo quando não há esse tipo de impacto, as feridas podem se abrir espontaneamente, em proeminências ósseas ou em região de contato de sapatos ou sandálias.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, em 2017 as neuropatias eram as complicações mais presentes em mais de 50% dos indivíduos com diabetes mellitus.

Apesar de ser mais comum em diabéticos, o sintoma também pode estar associado a doenças como Leishmaniose ou câncer de pele.

“A estatística dessas lesões é muito falha e imprecisa, pois são subdiagnosticadas e, quando presentes, costumam não ter tratamento adequado”, afirmou Igor Nunes.

O profissional ressalta que o acompanhamento médico deve ser feito com regularidade, visando o controle de evolução da lesão, em conjunto com cuidados especializados.

“Com seguimento integral e orientações e reavaliações regulares, buscamos tratar lesões do modo mais eficaz possível”, pontua.

Alguns dos sinais que podem ajudar a identificar a neuropatia são dor contínua e constante, sensação de queimadura e ardência, dor espontânea que surge sem uma causa aparente, formigamento e dor excessiva diante de um estímulo pequeno ou por toques que normalmente não seriam dolorosos.

Em alguns casos, pode-se observar também ressecamento da pele, com rachaduras e fissuras, aumento do fluxo sanguíneo e deformidades nos pés.

O ideal, sempre que possível, é recorrer a um tratamento multidisciplinar, para se atingir todas as dimensões da doença.

  “É importante ter as equipes realmente interligadas e trabalhando em consonância. Aqui buscamos trabalhar dessa forma, além de termos disponíveis, hoje, praticamente tudo o que há para tratamento de feridas”, informou o cirurgião do Cenfe.

O cuidado com estas feridas passa essencialmente por curativos locais, onde se pode utilizar uma gama variada de produtos, dependendo da área da lesão e de fatores gerais do paciente. Sempre associando, portanto, ao tratamento a doença de base, ou seja, o que deixou o paciente propenso à lesão.

Para prevenir o surgimento e agravamento das lesões, algumas dicas são:

  • Examinar os pés e pernas todos os dias;
  • Lavar os pés diariamente;
  • Avaliar e cuidar das unhas regularmente;
  • Aplicar creme hidratante na pele seca e não aplicar entre os dedos;
  • Usar calçados adequados, indicados pela equipe multidisciplinar;
  • Perguntar a um especialista sobre uso de calçados apropriados;
  • Manter o controle glicêmico para evitar danos neurológicos futuros;
  • Manter os níveis de circulação;
  • Sair do sedentarismo;
  • Não fumar;
  • Usar medicação somente com orientação médica.

Sobre o Cenfe – O Cenfe é o primeiro centro de tratamento de pessoas lesionadas por feridas crônicas ou agudas, com regime tanto ambulatorial quanto domiciliar.

O serviço é oferecido por uma equipe qualificada e multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas.

O corpo clínico tem como responsável técnico o Dr. Igor Nunes e Souza, que é cirurgião geral e vascular, formado pela Universidade de Brasília (UnB) e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

O Cenfe dispõe, ainda, de HomeCare, que compreende os serviços de Internação Domiciliar e Atendimento Domiciliar, coordenados pela Unidade Assistencial HomeLar.

Este tipo de Internação Domiciliar oferece atendimento a pacientes com quadro clínico estável, que não necessitam de toda estrutura hospitalar, podendo os cuidados serem realizados em casa.

Já o atendimento domiciliar contempla a assistência em diferentes complexidades. Outros serviços oferecidos pelo Cenfe são: curativo por pressão negativa, cateter central de inserção periférica (PICC), acesso venoso central guiado por ultrassom, exame diagnóstico em casa para avaliação de TVP (trombose venosa profunda).

SERVIÇO

Cenfe
(61) 3036-6594
http://www.cenfewc.com.br

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