Maior densidade das ruas se reflete em doenças circulatórias

Um estudo da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) aponta que quanto maior a densidade das vias de uma região, maior o número de mortes devido a doenças cardíacas.

A pesquisa analisou a relação entre o tráfego de veículos e a mortalidade em homens adultos por doenças do aparelho circulatório.

O trabalho, de autoria do geógrafo Mateus Habermann, buscou trabalhar com indicadores indiretos de exposição da população a poluentes atmosféricos. Ou seja, ao invés de se medir diretamente a quantidade de poluentes no ar, Habermann analisou o tráfego de veículos, o principal responsável pela emissão desses poluentes em São Paulo.

A análise se dividiu nos distritos administrativos da cidade, e apenas as vias locais não foram levadas em consideração no estudo. O geógrafo utilizou dois indicadores que poderiam se relacionar no tráfego: no primeiro, o indicador de densidade das vias e o segundo consistia numa soma da quantidade de tráfego (número de veículos em circulação) dividido pelo comprimento das vias do distrito (veículos/km).

Foi observado que o primeiro indicador (densidade das vias) está de fato relacionado à taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, que incluem infartos, AVCs e insuficiência cardíaca, por exemplo. Segundo a pesquisa, cada aumento de 10km de vias em um quilômetro quadrado resulta em uma morte a mais por alguma doença de origem no aparelho circulatório, num grupo de mil habitantes.

O pesquisador acrescenta que sua medida indireta de densidade de vias para estimar a exposição a poluentes é interessante para municípios que não possuem sistema de medição de qualidade do ar, podendo ser uma alternativa para eles. (Com Agência USP)

Você pode ler na íntegra em: Densidade de ruas está relacionada a doenças circulatórias – 20/03/2012 – Ciência e Saúde – Da Redação

Uma perfeita metáfora para o entupimento de artérias.

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