Estudo controverso: pessoas que comem (pouco!) chocolate regularmente são mais magras

 

O estudo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA recebeu várias críticas, mas convenhamos: quem não toparia fazer a experiência consumindo 28 gr. de chocolate por dia e tirar suas próprias conclusões?

Embora não tenha ficado claro que tipo de chocolate seria o ideal, aposto no chocolate amargo, lembrando de um estudo da Hull York Medical School  que concluiu que uma dose diária de chocolate amargo pode ajudar a reduzir os sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica, isto porque o  chocolate amargo é rico em polifenol, uma substância que traz benefícios à saúde, como a redução da pressão alta, e aumento dos níveis de serotonina no cérebro, que está associada ao combate da fadiga crônica.

Acompanhe a matéria:

Mais um estudo tenta vender o chocolate como alimento saudável. Ao menos, desta vez, não está envolvido nenhum pesquisador ligado a empresas fabricantes de chocolates, como costuma ser o caso.

O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e publicado na revista Archives of Internal Medicine. Ainda assim, contudo, o estudo levantou controvérsias.

28 gramas por dia

Beatrice Golomb e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Diego, concluíram que adultos que comem chocolate regularmente são mais magros do que aqueles que não comem chocolate. Os autores levantaram a hipótese de que o consumo modesto – 28 gramas por dia – e regular de chocolate pode ser neutro em termos de calorias.

Em outras palavras, que os benefícios metabólicos da ingestão de pequenas quantidades de chocolate poderiam levar à redução da deposição de gordura por caloria e compensar as calorias adicionais, tornando o consumo frequente, mas modesto, neutro com relação ao peso.

As conclusões foram tiradas depois de analisar pouco mais de 1.000 pessoas adultas. As pessoas que comiam chocolate mais vezes por semana eram mais magras – ou seja, tinham um menor índice de massa corporal – do que aquelas que comiam chocolate com menos frequência.

O tamanho do efeito foi muito modesto, mas estatisticamente “significativo” – maior do que poderia ser explicado pelo acaso. Ou seja, o estudo não estabelece uma ligação causal entre comer chocolate e emagrecer.

A conclusão é que as pessoas que comem pouco chocolate regularmente são mais magras – algo que eventualmente poderia ser dito de outra forma: pessoas mais magras comem mais chocolate. Isto até poderia ser considerado óbvio, caso se leve em conta que as pessoas com sobrepeso restrinjam seu próprio consumo de chocolate em busca de redução na ingestão de calorias.

Críticas

Vários especialistas se manifestaram criticamente em relação ao estudo logo após sua divulgação. A mais fundamentada dessas críticas argumenta que uma conclusão como esta somente poderia ser tirada depois de comparar as mesmas pessoas, comendo chocolate regularmente durante um período, e não o fazendo durante o outro.

Somente assim seria possível atestar o efeito da variação na alimentação, uma vez que as diferenças metabólicas entre indivíduos explicam porque algumas pessoas ganham peso facilmente, enquanto outras não, apesar de ingerirem uma quantidade semelhante de calorias. Mas a crítica mais levantada é o fato de que o chocolate contém grandes quantidades de açúcar, e nenhum estudo mostra associação entre maior consumo de açúcar e perda de peso.

via Diário da Saúde – Pessoas que comem chocolate regularmente são mais magras

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